domingo, 6 de setembro de 2015

Um trecho do texto:

A menstruação é cercada de tabus. Tratada como algo nojento, indesejável e digno de vergonha, a menstruação raramente está associada a um sinal de boa saúde. A antiga ideia bíblica de que uma mulher menstruada não deve sequer ser tocada ainda prevalece na atualidade, mesmo que as justificativas religiosas não sejam as únicas para que se mantenha distância da menstruação.
Tem coisa mais triste do que uma mulher ter nojo dela mesma? A mulher é tão ensinada a se oprimir e oprimir as outras mulheres, que não consegue parar pra pensar que só age assim porque foi ensinada a fazê-lo. É difícil tirar a venda dos olhos e se questionar
O sangue não é o real alvo da hostilidade; o nojo da sociedade é direcionado ao corpo feminino. As mulheres são profundamente doutrinadas para que cresçam acreditando que são sujas e que precisam evitar a todo custo que o mundo perceba essa “sujeira”. A indústria dos absorventes menstruais e protetores de calcinhas também não disfarça: suas propagandas passam a mensagem explícita de que a mulher deve se envergonhar de seu corpo e do seu ciclo – vale tudo para fingir que não menstrua.
Muitas mulheres têm dificuldade em tirar a carga negativa associada ao ato de menstruar – algo intimamente relacionado à misoginia da sociedade e à ideia de que tocar o próprio corpo, sobretudo a área genital, é algo reprovável.
A desinformação contribui para que mulheres tenham relacionamentos problemáticos e incompletos com seus corpos; por isso, podem se sentir limitadas.

Leia o texto na íntegra: 

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